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Fognini quer ter uma nova vida no ténis e garante inspirar-se… em Murray
Fabio Fognini está a ganhar uma nova vida no ATP 1000 de Roma naquele que é o seu primeiro torneio desde que se lesionou no Millennium Estoril Open.
O tenista italiano disparou 42 winners em dois sets para se qualificar para a terceira ronda e, em conferência de imprensa, revelou o quão difícil têm sido estes últimos tempos e esta nova fase da sua carreira.
UMA NOVA FASE
Creio que estes últimos dois anos foram os mais duros e difíceis da minha carreira, não tive bons resultados, sofri várias lesões, aos 35 anos custou-me muito aceitar a situação porque já não tens 20 anos e é duro. Por isso, a única solução é tentar ver os aspetos positivos. Agora, além disso, o ténis tornou-se mais rápido, é tudo mais rápido, por isso, tens menos tempo para pensar e há que se adaptar. Em consequência, a esta idade é tudo mais complicado. Vinha de um período em que sentia algo por dentro mas não se traduzia em resultados.
OBJETIVOS PARA A ÉPOCA
Obviamente que quero jogar, agora o mais importante até Wimbledon é voltar ao top 100 e para isso tenho que voltar a fazer um tipo de programação que não faço desde os meus 18 anos. Claramente que posso jogar bem aqui ou em Paris se estiver em condições físicas. Tenho de olhar para o calendário mas não devo jogar a temporada de relva porque com 35 anos não posso ir jogar o qualifying de Wimbledon, com todo o respeito. Em primeiro lugar porque não quero e depois porque não é como a terra batida. Em Paris claro que podia ficar de fora do qualy porque agora o nível competitivo é muito alto mas teria mais opções de avançar para o quadro e fazer algo importante. Claro que também podia fazer em relva mas sinceramente não tenho vontade. Terei de jogar Challengers para ter mais encontros nas pernas e somar mais pontos porque o objetivo é jogar os Masters 1000 de Cincinnati e Montreal mais o US Open. E para isso há que ganhar encontros, por isso, vou viajar a partir de agora com o meu preparador físico para manter o nível físico alto e evitar lesões. Porque com outra lesão, ia sentar-me e decidir o que fazer.
INSPIRAÇÃO… EM MURRAY
Quero dar-me uma oportunidade como fez o Murray. Obviamente sem comparações porque ele era do Big 4 enquanto que eu era o que era. Mas tenho a vontade de dar essa oportunidade porque não creio que mereça terminar assim. Creio que nestes abri um pouco as portas ao que se vive no ténis italiano. O Sinner pode aspirar a algo mais que estar estabelecido no top 10, o Berrettini já foi, o Musetti creio que também chegará lá. Não fui um motor mas creio que abri as portas e estou contente mas como em tudo há um princípio e um fim. Não creio que seja parte desta nova geração porque me considero velho, ainda assim, é lindo partilhar e ver que há jovens que também vão fazer bem ao nosso desporto.
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